terça-feira, 4 de agosto de 2009

Rua do Escudeiro da Roda

Rodava a Roda rodava que da bola não gostava
Era a roda que rodava a bola só rebolava
O Escudeiro seguia a sua Roda e pregava:
roda a Roda roda, é uma Roda original
quem tiver engenho e arte venha ler a sua sorte.
Não é de ouro nem de prata, nem tão pouco de cristal
mas vale mais do que isso porque é muito especial,
transporta ilusões e poemas, paisagens e luares,
transporta talentos e génios, aquilo que desejares.
Artúrico Imaginário que passava por ali, ouviu e espantou-se,
cuidou que era o único a saber imaginar...
Interceptou o Escudeiro, intrigado:
- De que falas tu oh fidalgo, que roda é essa que guardas?
É a roda da sorte, você nunca ouviu falar?
- Que disparate!
saboreava já a magia que a tua história continha
mas com essa explicação lá se foi a fantasia.
Quem o manda a si meter-se?- disse o Escudeiro despachado
- esta história escrevo eu, esta rua é a minha, ora essa…
E orgulhoso explicou:
Já ouviu falar na bola de cristal? Pois isso é coisa do passado!
Agora é esta Roda que lê os futuros sonhados,
leva conquistas felizes aos audazes e ousados,
aos que nunca perderam a força, nem o poder da vontade.
Esta roda é viajante, que nem um profeta do bem,
basta olhá-la que enfeitiça, reveste as pessoas
dum alento, uma coisa nunca vista,
fornece uma energia tamanha, uma esperança tão espantosa,
que cuidar dela é para mim uma sorte fabulosa.
Regressava eu do passado.para me instalar aqui
quando a Roda que rodava resolveu rodar para mim.
E claro, foi dum golpe:senti logo especial este lugar pra que vim!

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