quarta-feira, 10 de junho de 2009

Nau


O meu barco é nau descobridora

Amarrada em doca seca

Ancorada no largo

Portas de Moura a espreitar a Sé



De lá, marujo

Assomo-me à vigia e vejo

A planície onde lavro os versos e semeio

A catedral altaneira onde, em incenso

Deixo as preces da partida



Só espero o vento

A lua certa

E que a maré me leve



E.

Évora, Junho 2009

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